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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Articulação Musical: Legato, Staccato, Tenuto e Mais - Capítulo 17

ARTICULAÇÃO


Chegamos a um capítulo muito importante no momento da execução de toda música.

A articulação é a maneira como "pronunciamos" ou enfatizamos uma nota ou grupo de notas.
Existem várias formas de tocarmos as notas e elas podem ser emitidas: ligadas, não muito ligadas, destacadas etc...

A essas diferentes maneiras de se emitirem as notas, se dá o nome de articulações. As principais articulações são as seguintes: legato, non legato, staccato e portato.

Vejamos uma a uma.

LEGATO


Ou LIGADO, é a articulação cujas notas se sucedem ligadas, conservando seu valor integral. Essa articulação é indicada por uma linha curva, sempre colocada sobre ou sob as cabeças das notas, e não sobre ou sob sua haste.

exemplo de articulação legato em partitura
O "legato" também pode ser indicado pela própria palavra "legato", no início do trecho, ao invés da linha curva.

NON LEGATO


Ou NÃO LIGADO, é a articulação em que as notas se sucedem não ligadas, sendo executadas uma a uma em seu valor integral. Sua indicação se dá pela própria expressão indicada no início do trecho ou na próxima nota ao final do LEGATO. Ou seja, depois de uma variação, non legato indica que a música volta a ser interpretada sem alterações.


STACCATO


Ou DESTACADO, é a articulação onde as notas se sucedem destacadas, perdendo a metade do valor. Sua indicação se dá pelo ponto de diminuição, colocado acima ou abaixo da cabeça das notas. Na execução, imagine que metade do valor da nota é som e metade é silêncio, assim a divisão ficará correta.
exemplo de articulação staccato em partitura

O "staccato" também pode ser indicado pela própria palavra "staccato" no início do trecho, ao invés do ponto de diminuição.

MARTELLATO

exemplo de articulação martellato em partitura
Essa articulação é um "staccato" mais evidente, mais pronunciável e que é indicada por pequenos traços verticais sobre as notas.

PORTATO


Ou LEVADO, é a articulação em que as notas são emitidas de uma maneira intermediária entre o "legato" e o "staccato". Por isso se indica com os pontos de diminuição do "staccato", abrangidos pela linha curva do "legato".

exemplo de articulação portato em partitura


As notas perdem ¼ do seu tempo. Na execução, imagine que ¾ da nota são som e ¼ é silêncio.

TENUTO


 Quando, no meio ou após uma série de notas em "staccato", aparece uma nota que não deva ser executada com essa articulação, é conveniente chamar a atenção para ela, evidenciando-a e evitando-se assim, um erro de articulação. Escreve-se então, sobre essa nota, a palavra "tenuto", ou "seguro", ou sua abreviatura, "ten.".

O "tenuto" é usado também no seguinte caso:
Constitui um erro freqüente não se executar, com seu valor integral, as semibreves e as mínimas por serem mais longas, como por exemplo:

Em casos em que a execução da nota com seu valor integral se torna especialmente necessária, o compositor, como sinal de advertência, escreve o "tenuto" sobre ela.

exemplo de articulação tenuto em partitura

Obs.: O "tenuto" não indica prolongação do valor da nota, o que é feito pela fermata.



HARMÔNICO NATURAL



Um harmônico é produzido ao tocar/tanger uma corda quando a mão esquerda (supondo-se que o intérprete seja destro) apenas encosta sobre determinada corda. O som se dá pela divisão suave da corda em frações da série harmônica. Produz-se assim um timbre diferente da execução normal. É representado por um círculo sobre a nota em questão.

exemplo de harmônico natural em partitura



PIZZICATO



Indicado por um símbolo de mais sobre a nota, esta articulação é usada para instrumentos de arco, e é executada ao pinçar a corda com a mão do arco ao invés de tangê-la com o mesmo. Pode-se substituir os símbolos individuais pela expressão pizz no compasso a ser executado.
exemplo de articulação pizzicato em partitura

 SNAP PIZZICATO



Outra articulação para instrumentos de corda. Indica que a corda deve ser esticada para longe do corpo do instrumento e então solta, para provocar um estalo.

exemplo de articulação snap pizzicato em partitura



ACORDE



Quando são executadas três ou mais notas simultâneas, representa-se o acorde:
exemplo de acorde em partitura


Obs.: Se forem menos de três notas a serem executadas simultaneamente passa a ser um intervalo harmônico, e não um acorde.



AS DIVERSAS FUNÇÕES DA LINHA CURVA

Para evitar possíveis confusões, é conveniente mostrar, aqui, as diversas funções da linha curva na grafia musical.

Com o nome de ligadura, esta linha une duas notas da mesma altura, somando-lhes o valor.
exemplo de ligadura em partitura unindo duas notas iguais 

Na música vocal, une-se com a linha as notas que são cantadas com a mesma sílaba.

exemplo de ligadura em partitura unindo várias notas diferentes
Abrange as quiálteras e sua cifra.
exemplo de ligadura em partitura unindo quiálteras
Indica síncope.
exemplo de ligadura de síncope em partitura

Indica o "legato".
exemplo de articulação legato em partitura
Indica as frases musicais.
exemplo de frase musical em partitura
Nos instrumentos de arco (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), indica a "arcada", isto é, quantas e quais as notas que devem ser emitidas num único movimento de arco.
exemplo de ligadura em partitura indicando arcada

Nos instrumentos de sopro indica quantas e quais as notas a serem emitidas num só fôlego, ou seja, sem intervalo para respiração.
exemplo de ligadura em partitura indicando fôlego 

No piano, quando une notas de alturas diferentes e de duas em duas, indica uma maneira especial de bater nas teclas, em que a mão desce na nota de onde parte a linha curva e se levanta logo após tocar a nota seguinte (o valor desta, portanto, é algo diminuído).
exemplo de ligadura de articulação para piano em partitura

A utilização da articulação é geral, ou seja, toda música possui. Seja ela determinada pelo autor ou até mesmo criada pelo intérprete, mas ela sempre existe.

Usem e abusem de exercícios para melhorar a articulação! Enquanto isso, segue um site com vários jogos musicais: Jogos Musicais Online

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Capítulo 10 - ANÁLISE DE COMPASSO

Olá! Bem-vindo à nossa décima aula (uau!) grátis de teoria musical para iniciantes! Na aula anterior começamos a aprender sobre compassos, e hoje daremos sequência ao estudo deles, aprendendo a analisá-los!

Capítulo 10:

ANÁLISE DE COMPASSO


Compasso Simples – Um compasso recebe a denominação de Compasso Simples, quando sua Unidade de Tempo for representada por um Valor Simples, ou seja, notas musicais sem pontuação de aumento. Veja bem, estamos falando de Unidade de Tempo apenas.



Compasso Composto – Um compasso recebe a denominação de Compasso Composto, quando tem sua Unidade de Tempo formada por um Valor Composto, ou seja, por uma nota que possua uma pontuação para aumento do seu valor original.



Note nos exemplos acima, que não importa quantas notas você use em cada tempo do compasso, desde que a soma total dessas mesmas notas seja igual ao valor da Unidade de Tempo. Some os valores das notas de cada tempo de cada compasso e verá que para cada tempo o valor é igual ao da Unidade de Tempo. Se tiver dificuldade na soma dos valores, reveja os capítulos anteriores e confira os valores das notas.

Signos de Compasso – Cada compasso a ser usado é indicado através de uma fórmula que representa uma fração da semibreve. Por quê? Porque por ser o maior valor usado, ela é considerada uma unidade, ou seja, o inteiro. Na escrita musical, estes algarismos que indicam o compasso devem ser colocados logo depois da clave. Estes signos são representados por frações ordinárias, sinais ou apenas por um número. Também é comum colocar-se uma figura no lugar do denominador.


( lê-se C ) representa o compasso 4/4





( lê-se C cortado ) representa o compasso 2/2



NUMERADOR E DENOMINADOR

Quando o signo de compasso é representado por uma fração ordinária, o numerador e o denominador determinam o seguinte:

COMPASSO SIMPLES


Numerador – Representa a quantidade de tempos de cada compasso.

Os numeradores dos compassos simples são 2, 3, 4, 5 e 7.

Denominador – Determina a qualidade da figura que preenche cada tempo, no compasso simples.

Estes valores são representados pelos seguintes números:


COMPASSO COMPOSTO


Numerador – Indica o total das notas em que se subdivide a unidade de tempo no compasso.

Os numeradores dos compassos compostos são 6, 9, 12, 15 e 21.

Denominador – Representa a nota em que é subdividida cada Unidade de Tempo, baseado nas figuras musicais que conhecemos e seus valores, a exceção é que terão um ponto de aumento.



Exemplo de divisão:



COMPASSOS CORRESPONDENTES

Ocorrem quando o compasso simples e o compasso composto têm o mesmo número de tempos e a mesma unidade de tempo, senda esta simples no compasso simples, e pontuada no compasso composto.
Exemplo:


Para encontrar o compasso correspondente do compasso que tivermos em mãos, existe uma fórmula muito simples:

Do simples para o Composto Tendo-se um compasso simples, encontra-se o correspondente composto multiplicando o numerador por 3 e o denominador por 2, como se mostra no exemplo abaixo:



Do composto para o Simples Tendo-se um compasso composto, encontra-se o correspondente simples dividindo o numerador por 3 e o denominador por 2, como se mostra no exemplo abaixo:


ANALISANDO UM COMPASSO

Tendo-se uma fórmula de compasso, conhece-se o número de tempos e a unidade de tempos da seguinte maneira:

1) Toma-se o número superior: sendo 2, 3, 4, 5 ou 7 o compasso é simples;

Relembrando: Os Compassos cujo denominador é 5 ou 7 são chamados de Compassos Simples Alternativos, pois têm origem na união de compassos simples: 2+3 ou 3+2 no caso do compasso de 5 tempos, 3+4 ou 4+3 no caso do de 7.

sendo 6, 9, 12, 15 ou 21 o compasso é composto.

Se o compasso é simples, o número superior indica o número de tempos e o inferior a unidade de tempo.

5          5 tempos

16        a unidade de tempo é representada pela semicolcheia

Se o compasso é composto, acha-se o correspondente simples: o composto terá o mesmo número de tempos e a mesma unidade de tempo, com a diferença que essa unidade de tempo será pontuada.


MARCAÇÃO DOS TEMPOS

Algo muito importante para quem estuda música, para trabalho ou mesmo lazer, é a marcação dos tempos do compasso. Eles podem ser marcados com a mão, sem necessidade de se utilizar uma batuta ou régua, ou qualquer outra coisa. Os movimentos da mão podem ser batidos na mesa ou no ar, da seguinte maneira:

• A marcação do compasso é usada no estudo de solfejo e na regência de coros, orquestras e bandas. A finalidade é dividir os compassos rigorosamente em tempos iguais.

• Todos os compassos de mesma espécie devem ter a mesma duração, não importando o número de figuras contidas em cada um deles.

• Quando o andamento (velocidade) da música é muito rápido, pode ser necessário juntar os tempos na marcação. Nesse caso, cada movimento valeria dois tempos.

FÓRMULAS DE COMPASSO MAIS USADAS




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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Capítulo 9 - COMPASSO

Olá! Esta é nossa nona aula grátis de teoria musical sem complicação! Hoje aprenderemos sobre os diferentes tipos de compassos, e como acentuá-los!

Capítulo 9:

COMPASSO

Acentuação – Em um trecho notam-se sons mais e menos acentuados, denominados acentos (ou tempos) fortes e fracos.

Compasso ou Mesura – É a medida de tempo entre dois acentos fortes. De forma simplificada, podemos dizer que é a divisão da música em pequenas partes. É a soma dos valores musicais contidos entre duas barras verticais dispostas na pauta. Essas linhas verticais recebem os nomes de travessão ou simplesmente barra de compasso. Os compassos são separados por estas barras, perpendiculares às linhas do pentagrama ou pauta musical, que vão da primeira à quinta linha, sem ultrapassá-las.

Para separar sessões da música, como uma mudança de tom, por exemplo, usa-se uma barra dupla. No caso de uma mudança de tom, a barra dupla é colocada no início do compasso alterado.

A barra dupla também é usada na conclusão da música, colocada no final do último compasso. Nesse caso, porém, a segunda linha (da direita) é mais espessa que a primeira. A barra final chama-se Pausa Final.



Quando a barra possui dois pontos, indica repetição, cama-se ritornello.


ESPÉCIES DE COMPASSOS

Os compassos podem ser de diferentes espécies:  a dois tempos, a três tempos, a quatro tempos, etc. Todos, porém, derivam do compasso de dois tempos, que marca o passo do homem, o alternar do pêndulo, etc. Os compassos de três tempos são aumentados de um tempo, os de quatro tempos são compassos dobrados.

Exemplos de alguns compassos:

→ 2 Tempos – Compasso Binário



Obs: No compasso binário, toda figura pontuada é divisível por 2, quando o resultado de sua divisão for também uma figura pontuada.

→ 3 Tempos – Compasso Ternário



Obs: No compasso ternário cada figura pontuada vale ¾ da anterior e o triplo da seguinte.

→ 4 Tempos – Compasso Quaternário



→ 5 Tempos – Compasso Quinário



→ 7 Tempos – Compasso Setenário



Numa análise racional, e já como afirmavam os gregos, todos os compassos se remetem ao 2 e ao 3. Como assim? Compasso quaternário é 2+2, compasso quinário é 2+3 ou 3+2, e por aí vai. Fácil, não?

TEMPOS FORTES, MEIO-FORTES E FRACOS

Como já se viu, de acordo com sua maior ou menor acentuação na escrita musical, os tempos são chamados fortes ou fracos.

O primeiro tempo do compasso é considerado forte, os demais são considerados meio-fortes ou fracos.

Exemplos:

Compasso Binário:

1º Tempo – Forte (F)

2º Tempo – Fraco (f)



Compasso Ternário:

1º Tempo – Forte (F)

2º Tempo – Fraco (f)

3º Tempo – Fraco (f)



Compasso Quaternário:

1º tempo – Forte (F)
2º tempo – Fraco (f)
3º tempo – Meio Forte (mF)
4º tempo – Fraco (f)



O compasso Quinário é considerado em duas hipóteses: como sendo equivalente à soma de um compasso ternário e um binário.

1º tempo – Forte (F)
2º tempo – Meio Forte (mF)
3º tempo – Fraco (f)
+
4º tempo – Forte (F)
5º tempo – Fraco (f)



Ou a soma de um compasso binário e um ternário.

1º tempo – Forte (F)
2º tempo – Fraco (f)
+
3º tempo – Forte (F)
4º tempo – Meio Forte (mF)
5º tempo – Fraco (f)



O compasso Setenário é considerado em duas hipóteses: como sendo equivalente à soma de um compasso quaternário e um ternário.

1º tempo – Forte (F)
2º tempo – Fraco (f)
3º tempo – Meio Forte (mF)
4º tempo – Fraco (f)
+
5º tempo – Forte (F)
6º tempo – Meio Forte (mF)
7º tempo – Fraco (f)



ou a soma de um compasso ternário e um quaternário.

1º tempo – Forte (F)
2º tempo – Meio Forte (mF)
3º tempo – Fraco (f)
+
4º tempo – Forte (F)
5º tempo – Fraco (f)
6º tempo – Meio Forte (mF)
7º tempo – Fraco (f)



UNIDADES DE TEMPO E DE COMPASSO

Unidade de Tempo – É a figura que preenche cada tempo de compasso.

Unidade de Compasso – É a figura que preenche completamente um compasso.

O tempo também se divide em partes fores e fracas. A primeira parte de um tempo é forte, as outras são fracas.

COMPASSOS INCOMPLETOS:

ANACRUSE – um compasso “incompleto” que antecede o 1º tempo do 1º compasso de uma peça musical. As notas ocupam menos da metade do compasso binário ou quaternário, e menos de dois terços do compasso ternário.



ACÉFALO – um compasso “incompleto” onde as notas ocupam mais da metade do compasso binário ou quaternário, e mais de dois terços do compasso ternário.

Quando o compasso inicia-se no tempo forte (o primeiro tempo), chama-se Tético.



Quadro de unidades de tempo e compasso:



Compassos mais usados – Os compassos que têm como denominador a semínima são os mais usados.



É considerado também muito usado o compasso binário que tem como denominador a mínima.

Compassos menos usados – São os que têm como denominador a colcheia.

Também o compasso ternário cujo denominador é a mínima é usado, mas não frequentemente.

Compassos não usados – São os compassos de 2/1, 3/1, 4/1 e 4/2, por possuírem valores maiores que a semibreve. Os compassos cujos denominadores são: 16, 32 e 64 não são mais usados a música moderna.

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