quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Capítulo 12 - GRAFIA: COMPASSO

COMPASSO

 Quando a música começa no primeiro tempo do primeiro compasso, chamamos este compasso de compasso tético. Mas nem sempre a música começa assim. Ela pode iniciar em qualquer parte do compasso. Sendo assim, quando as primeiras notas da música somarem mais da metade de um compasso binário ou quaternário, ou mais de 2/3 de um compasso ternário, escreve-se um compasso inteiro, iniciado com pausas. A este tipo de compasso chamamos compasso acéfalo.


Quando as primeiras notas da música somam menos da metade de um compasso binário ou quaternário, ou menos de 2/3 de um compasso ternário, escrevem-se apenas as notas, sem completar o compasso. Ou seja, neste caso temos a anacruse.


É costume, neste caso, fazer com que o último compasso da música, complemente o que falta do compasso inicial.


PONTO DE AUMENTO

No compasso quaternário, a mínima pontuada só deve ser escrita no 1º ou no 2º tempo, nunca na parte fraca do 1º tempo.



No compasso quaternário, se o 2º tempo se prolonga para o 3º, usa-se a ligadura e não o ponto de aumento.


No compasso quinário, se a parte ternária se prolonga para a binária devemos utilizar a ligadura e não o ponto de aumento.


O mesmo acontece se é a parte binária que se prolonga sobre a ternária.



IMPORTANTE: O mesmo se aplica ao compasso setenário.

DISTRIBUIÇÃO DAS NOTAS NO COMPASSO

Os colchetes podem ser unidos, nos casos das figuras: colcheia, semicolcheia, fusa, semifusa e quartifusa. Contudo devemos evitar uni-las ligando-se os tempos entre si.



Porém existem exceções! No caso do compasso ternário, podemos ligar os colchetes de todas as COLCHEIAS, assim:


No caso do compasso quaternário, podemos ligar as colcheias assim: 1º + 2º e 3º + 4º tempos, mas não 2º + 3º.


Nos compassos que têm como unidade de tempo a colcheia, devemos ligar os tempos da seguinte maneira:

Compassos 2 x 8 e 3 x 8:



Compassos 4 x 8: 1º tempo + 2º e 3º + 4º (mas não 2º e 3º):




Quanto aos compassos quinário e setenário:

Se a unidade de tempo possui colchete, a união deles indica claramente a acentuação.



Se a unidade de tempo não tem colchete, indica-se a acentuação separando com uma linha pontilhada as partes do compasso:



Ou escrevendo a fórmula do compasso da seguinte maneira:


DISTRIBUIÇÃO DAS PAUSAS NO COMPASSO

Quando a pausa abrange todo o tempo de um compasso, pode-se escrever a pausa de semibreve, qualquer que seja a fórmula do compasso.


A pausa pode somar tempo:


Mas não pode somar parte de um tempo com parte de outro tempo.


No compasso quaternário, a pausa não deve somar o 2º e o 3º tempos.


Não é costume usar pausa de mínima no compasso ternário:


Em compasso composto, a pausa pode ser pontuada ou desdobrada:


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Capítulo 11 - GRAFIA: ESCRITA MUSICAL

ESCRITA MUSICAL

Após tantos capítulos dedicados ao raciocínio matemático, optei por escrever um tema mais leve desta vez, de forma a dar tempo de que as mentes assimilem todo conhecimento que estão recebendo. Falaremos então sobre a grafia musical: como escrever as notas na pauta de forma correta e limpa.

CABEÇA DA FIGURA MUSICAL

Em casos específicos, veremos a figura musical desenhada de maneira diferenciada. Quando a música é impressa, a cabeça da nota pode ter sua forma oval ou redonda:

Já na representação de sons harmônicos, a forma de losango pode representar a cabeça das figuras:

Quando a escrita se referir a instrumentos cuja altura for sempre definida ou inalterada, como a partitura para bateria, a cabeça das figuras musicais pode tem as seguintes formas.

Essas diferenças se dão em função de sempre buscar a facilidade da leitura.

HASTES DAS FIGURAS MUSICAIS

As hastes são sempre verticais e perpendiculares ao pentagrama. Nunca devem estar inclinadas.

No caso da cabeça da figura ficar abaixo da haste, ela deve sempre ser escrita à direita da cabeça da figura. No caso da cabeça da figura ficar acima da haste esta deve sempre ser escrita à esquerda da cabeça da figura. Portanto, as figuras musicais que representam notas musicais não podem parecer-se jamais com o número 6, tampouco com o número 9.

COMPRIMENTO DAS HASTES

O comprimento da haste é de aproximadamente o dobro da cabeça da nota. Não deve ser longo, nem curto demais.



A exceção é quando a figura está anotada além da 1ª linha suplementar superior ou inferior. Nestes casos a haste se prolonga até tocar a terceira linha do pentagrama.

POSIÇÃO DAS FIGURAS

As figuras das notas musicais são escritas com a haste voltada para cima, quando estiverem posicionadas das linhas suplementares inferiores até o 2 º espaço do pentagrama:



Assim, as figuras das notas musicais são escritas com a haste voltada para baixo quando estiverem posicionadas das linhas suplementares superiores até o 3 º espaço do pentagrama:



As figuras das notas musicais podem ser escritas com a haste para cima ou para baixo somente na terceira linha do pentagrama, de acordo com a seqüência das notas vizinhas, ou então para facilitar a leitura:

No caso de acordes, a direção da haste é sempre para dentro do pentagrama.

Mas para esta regra há uma exceção: Quando num mesmo pentagrama forem representados dois instrumentos ou vozes, então as hastes são voltadas para fora do pentagrama.

COLCHETES

Os colchetes, também chamados de bandeirolas, quando as figuras os possuem , devem sempre estar voltados para a direita. Na música impressa ele é ondulado.



Na música manuscrita é comum encontrar os colchetes retos e oblíquos à haste.

POSIÇÃO DO TRAÇO DE UNIÃO DOS COLCHETES

As notas sucessivas com igual número de colchetes podem ter a ponta da haste de todos eles unidos por traços que representem o número de colchetes que possuam.



A direção do traço é horizontal:

  • Quando as notas têm a mesma altura.



  • Quando um grupo de notas começa e termina com notas de mesma altura.



  • Quando, num grupo de três notas com alturas diferentes, a do meio é mais baixa ou mais alta



Nos casos onde as notas se sucedem em alturas consecutivamente crescentes ou decrescentes, o traço acompanha a direção de escrita das notas.



Quando as notas de um grupo seguem direções diferentes, a primeira e a última determinam a orientação do traço.



Quando há duas notas conectadas por seus colchetes, a direção das hastes também é orientada pela nota mais distante da 3ª linha do pentagrama.



Se há três ou mais notas unidas pelos colchetes, a maioria, acima ou abaixo da 3ª linha do pentagrama, determina a direção das hastes.



Outra maneira de identificar a direção das hastes é pela nota mais distante da 3ª linha do pentagrama.



Não havendo maioria e se as notas forem eqüidistantes da 3ª linha do pentagrama, a preferência é direcioná-las para baixo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Capítulo 10 - ANÁLISE DE COMPASSO

Olá! Bem-vindo à nossa décima aula (uau!) grátis de teoria musical para iniciantes! Na aula anterior começamos a aprender sobre compassos, e hoje daremos sequência ao estudo deles, aprendendo a analisá-los!

Capítulo 10:

ANÁLISE DE COMPASSO


Compasso Simples – Um compasso recebe a denominação de Compasso Simples, quando sua Unidade de Tempo for representada por um Valor Simples, ou seja, notas musicais sem pontuação de aumento. Veja bem, estamos falando de Unidade de Tempo apenas.



Compasso Composto – Um compasso recebe a denominação de Compasso Composto, quando tem sua Unidade de Tempo formada por um Valor Composto, ou seja, por uma nota que possua uma pontuação para aumento do seu valor original.



Note nos exemplos acima, que não importa quantas notas você use em cada tempo do compasso, desde que a soma total dessas mesmas notas seja igual ao valor da Unidade de Tempo. Some os valores das notas de cada tempo de cada compasso e verá que para cada tempo o valor é igual ao da Unidade de Tempo. Se tiver dificuldade na soma dos valores, reveja os capítulos anteriores e confira os valores das notas.

Signos de Compasso – Cada compasso a ser usado é indicado através de uma fórmula que representa uma fração da semibreve. Por quê? Porque por ser o maior valor usado, ela é considerada uma unidade, ou seja, o inteiro. Na escrita musical, estes algarismos que indicam o compasso devem ser colocados logo depois da clave. Estes signos são representados por frações ordinárias, sinais ou apenas por um número. Também é comum colocar-se uma figura no lugar do denominador.


( lê-se C ) representa o compasso 4/4





( lê-se C cortado ) representa o compasso 2/2



NUMERADOR E DENOMINADOR

Quando o signo de compasso é representado por uma fração ordinária, o numerador e o denominador determinam o seguinte:

COMPASSO SIMPLES


Numerador – Representa a quantidade de tempos de cada compasso.

Os numeradores dos compassos simples são 2, 3, 4, 5 e 7.

Denominador – Determina a qualidade da figura que preenche cada tempo, no compasso simples.

Estes valores são representados pelos seguintes números:


COMPASSO COMPOSTO


Numerador – Indica o total das notas em que se subdivide a unidade de tempo no compasso.

Os numeradores dos compassos compostos são 6, 9, 12, 15 e 21.

Denominador – Representa a nota em que é subdividida cada Unidade de Tempo, baseado nas figuras musicais que conhecemos e seus valores, a exceção é que terão um ponto de aumento.



Exemplo de divisão:



COMPASSOS CORRESPONDENTES

Ocorrem quando o compasso simples e o compasso composto têm o mesmo número de tempos e a mesma unidade de tempo, senda esta simples no compasso simples, e pontuada no compasso composto.
Exemplo:


Para encontrar o compasso correspondente do compasso que tivermos em mãos, existe uma fórmula muito simples:

Do simples para o Composto Tendo-se um compasso simples, encontra-se o correspondente composto multiplicando o numerador por 3 e o denominador por 2, como se mostra no exemplo abaixo:



Do composto para o Simples Tendo-se um compasso composto, encontra-se o correspondente simples dividindo o numerador por 3 e o denominador por 2, como se mostra no exemplo abaixo:


ANALISANDO UM COMPASSO

Tendo-se uma fórmula de compasso, conhece-se o número de tempos e a unidade de tempos da seguinte maneira:

1) Toma-se o número superior: sendo 2, 3, 4, 5 ou 7 o compasso é simples;

Relembrando: Os Compassos cujo denominador é 5 ou 7 são chamados de Compassos Simples Alternativos, pois têm origem na união de compassos simples: 2+3 ou 3+2 no caso do compasso de 5 tempos, 3+4 ou 4+3 no caso do de 7.

sendo 6, 9, 12, 15 ou 21 o compasso é composto.

Se o compasso é simples, o número superior indica o número de tempos e o inferior a unidade de tempo.

5          5 tempos

16        a unidade de tempo é representada pela semicolcheia

Se o compasso é composto, acha-se o correspondente simples: o composto terá o mesmo número de tempos e a mesma unidade de tempo, com a diferença que essa unidade de tempo será pontuada.


MARCAÇÃO DOS TEMPOS

Algo muito importante para quem estuda música, para trabalho ou mesmo lazer, é a marcação dos tempos do compasso. Eles podem ser marcados com a mão, sem necessidade de se utilizar uma batuta ou régua, ou qualquer outra coisa. Os movimentos da mão podem ser batidos na mesa ou no ar, da seguinte maneira:

• A marcação do compasso é usada no estudo de solfejo e na regência de coros, orquestras e bandas. A finalidade é dividir os compassos rigorosamente em tempos iguais.

• Todos os compassos de mesma espécie devem ter a mesma duração, não importando o número de figuras contidas em cada um deles.

• Quando o andamento (velocidade) da música é muito rápido, pode ser necessário juntar os tempos na marcação. Nesse caso, cada movimento valeria dois tempos.

FÓRMULAS DE COMPASSO MAIS USADAS




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