Olá pessoal. Para quem gosta de escrever partituras, nada mais prático do que fazer isso no computador. Porém nem sem pre se consegue comprar aquele programa bacana que a gente quer, então quem sabe devamos partir para outros lados, não é?
Este é o MuseScore, um software totalmente gratuito, que tem todos os recursos necessários para criação de partituras, e ainda conta com facilidades como impressão em pdf ou gravação em midi.
Vale a pena dar uma olhada, um programinha leve de baixar e fácil de aprender. Detalhe: temos um software todo em português (br mesmo, não pt) e aqui tem até um mega manual (em inglês) todo em vídeo:
Capítulo 1 do "MuseScore in 10 steps"
**Atualizado**
Download MuseScore
Bons estudos!!
domingo, 7 de outubro de 2012
Capítulo 16 - ARMADURAS E TONALIDADES
Armadura de clave é como se chama o conjunto de
acidentes fixos que determina a tonalidade da música.
Tonalidade é o conjunto de notas,
resultante da armadura, que poderão ser usadas na música.
TONALIDADE MAIOR
A ordem de escrita, tanto dos sustenidos
como dos bemóis, é sempre a mesma. Para determinar esta ordem utilizam-se dois
métodos: os chamados ciclos de quintas, ou
o sistema de tetracordes. Mas o que é
isso?
CICLO DE QUINTAS
Neste método, contam-se os intervalos. Como o nome
sugere, a 5ª justa. A partir de Dó maior, uma quinta ascendente nos leva a Sol.
Nessa lógica, a próxima tonalidade é Sol maior. Aí
nos deparamos com a mesma questão de antes: a fórmula do modo maior. Então a
solução é a mesma: acrescentar um sustenido à sensível. O mesmo para as
próximas tonalidades: estando em Sol maior, conta-se uma quinta justa
ascendente e teremos Ré, e assim por diante.
Aqui todas as armaduras maiores com sustenidos:
Este é o mapa do ciclo de quintas ascendente (lê-se
em sentido horário), onde as tonalidades de fora do círculo são maiores e as de
dentro são suas relativas menores:
Para as tonalidades com bemóis, contamos uma quinta
justa descendente a partir de Dó
maior, chegando ao Fá:
Assim, nossa próxima tonalidade é Fá maior. Novamente
corrigimos a fórmula T-T-S acrescentando um bemol ao quarto grau. A partir de
Fá maior, contamos uma quinta justa descendente e chegamos em Sib maior.
Etcétera.
Aqui as armaduras maiores com bemóis:
Este é o mapa do ciclo de quintas descendente (lê-se
em sentido anti-horário), onde as tonalidades de fora do círculo são maiores e
as de dentro são suas relativas menores:
SISTEMA DE TETRACORDES
Partimos da tonalidade de Dó maior, que não tem
nenhum acidente e por isso é sempre a base para se iniciar uma análise.
Escrevemos então a escala de Dó Maior nesta pauta:
Tetracorde = 4 sons, certo? Então uma escala pode
ser dividida em dois tetracordes, de mesma formação: Tom-Tom-Semitom.
Esta então é a fórmula do modo Maior. Lembramos que
os intervalos de semitom neste modo estão entre os graus III e IV e entre os
graus VII e VIII.
Feito isso, temos a 1ª tonalidade: Dó maior. Nesta
tonalidade, todas as notas são naturais, não importa qual escala for escrita.
Tendo em mãos os dois tetracordes, pegamos o 2º
(que inicia em Sol) e passamos ele para a frente, e completamos com as notas
restantes. Assim temos nada mais, nada menos, que a escala de Sol.
Mas... espere! Tem um erro aqui! E a fórmula do
modo maior “Tom-Tom-Semitom”? Pois é, no segundo tetracorde não funcionou.
Então como corrigimos isso? Acrescentando um sustenido à sensível (sétimo
grau):
E aí nós temos nossa segunda tonalidade: Sol Maior!
Para o restante da armadura de sustenidos segue-se
o mesmo modelo.
Agora, para a armadura de bemóis. Pegamos novamente
nosso Dó maior:
Desta vez, vamos fazer diferente: pegamos o 1º
tetracorde e passamos ele para o lugar do 2º. Neste caso, preenchemos as notas
que faltam para a frente.
Pronto, agora temos que resolver o problema da fórmula
do modo maior: Tom-Tom-Semitom. Precisamos diminuir meio tom do quarto grau,
para que a fórmula fique correta. Então:
E aí nos surge a tonalidade de Fá maior (o primeiro
grau nomeia o tom). Mesma regra para o restante!
Agora que você já aprendeu como montar as tonalidades,
segue uma dica para reconhecê-las de cara:
Sustenidos: Tomando como exemplo a armadura
com quatro sustenidos. Qual é o último
sustenido? Ré. Qual nota vem depois
de Ré? Mi. Então estamos na
tonalidade de Mi maior. Fácil não?
Bemóis: Tendo a armadura com três bemóis
de exemplo. Qual é o penúltimo bemol?
Mi. Então estamos na tonalidade de
Mi bemol maior. Simples!
Até aqui estudamos apenas as tonalidades maiores.
Vejamos então as menores.
TONALIDADE MENOR
A diferença do modo maior para o modo menor está na
localização dos semitons naturais. Enquanto vimos que em Dó maior os semitons
estão entre os graus III-IV e VII-VIII, no modo menor eles encontram-se entre
os graus II-III e V-VI. Ou seja: usam a fórmula T-S-T para o primeiro
tetracorde e S-T-T para o segundo. Entre os dois tetracordes existe um Tom.
No modo maior, utilizamos Dó como base. No modo
menor isso não é possível, então precisamos encontrar a tonalidade relativa menor de Dó maior. Mas o que é relativa menor? Duas tonalidades são
relativas quando utilizam a mesma armadura de clave. Então a relativa menor de
Dó terá uma armadura sem acidente nenhum, porém com a fórmula do modo menor
T-S-T e S-T-T.
Encontrar esta tonalidade relativa é fácil: é só transformar
o VI grau da tonalidade maior em I grau da tonalidade menor. Assim sendo, o VI
grau de Dó maior, que é Lá, passará a nomear a tonalidade relativa menor: Lá
menor.
Cada tonalidade maior tem sua relativa menor, e
vice-versa. Para encontrar a relativa maior
de uma tonalidade menor, basta transformar o III grau em I.
Também é possível calcular as relativas da seguinte
forma:
Para relativa menor: conte uma terça descendente a partir do I grau: Dó-Si-Lá.
Para relativa maior: conte uma terça ascendente a partir do I grau: Lá-Si-Dó.
FORMAS
O modo menor tem algumas peculiaridades que o modo
maior não possui. Isso se dá nas escalas: no modo maior, a único forma de
escala é a natural. Mas não confunda
com as notas naturais! Uma escala ser natural
indica que ela sempre segue a fórmula T-T-S. Ou seja, respeita os acidentes
fixos.
Já no modo menor temos quatro formas de escala: natural, harmônica, bachiana e melódica. A escala menor natural segue o
mesmo conceito da sua irmã maior: respeita sempre a fórmula T-S-T, S-T-T. Nas demais
formas menores, o 2º tetracorde da escala sofre alteração, então usaremos a fórmula
apenas para ele, já que a primeira fórmula é imutável. Vejamos:
Escala
menor harmônica: Criada a
partir da escala menor natural, eleva-se o VII grau em meio tom.
Fórmula: S-2A-S. Sendo 2A = T+S. Por quê?
Lembre-se que uma escala se dá por intervalos de 2ª,
vemos que do VI para o VII grau temos 1 ½ Tom (T+S), ou seja, um intervalo de
segunda aumentada (2A):
Obs: Nas escalas menores harmônicas a alteração do
VII grau independe dos acidentes fixos. Como neste caso:
Aqui o VII grau já tinha um sustenido por conta da
armadura. No momento em que aplicamos a fórmula S-2A-S, acrescentamos um
semitom ao VII grau, tornando-o dobrado sustenido.
Escala
menor bachiana: Criada a
partir da escala menor harmônica, eleva-se o VI grau em meio tom.
Fórmula: T-T-S (pois é, virou um tetracorde maior!)
Obs: Em caso de armadura de bemóis, por exemplo Ré
menor:
Como o VI grau era bemolizado, ao elevar meio tom
para a forma bachiana o Si bemol passa a ser Si natural. Para isso utiliza-se o
bequadro.
Escala
menor melódica: Criada a
partir da união das formas natural e harmônica, esta forma tem duas fórmulas:
uma ascendente e uma descendente.
Ascendente: forma bachiana, ou seja: T-T-S
Descendente: forma natural, ou seja: S-T-T
Resumindo: a escala sobe bachiana e desce natural:
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sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Site do Teoria Musical já está no ar!
Olá olá!
Esta postagem é só para informá-los de que o site do Teoria Musical já está no ar!
Confiram!!
Leve-me até lá!
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